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"Se um dia viajar pela África, se passar pelo deserto, eu lhes peço que não tenha pressa e espere um pouco bem debaixo da estrela! Se, de repente, um menino vem ao seu encontro, se ele ri, se tem cabelos dourados, se não responde quando é perguntado, adivinhará quem ele é”.

Quem um dia não sentou a sombra do baobá (árvore nacional de Madagascar) e trocou longas conversas, sem presa, como palavras lançadas ao vento, num vai e vem e quando volta tem sabor de saudades. E com a mesma presença, sentir-se compreendido, amado, querido.... por um único sorriso, quem sabe um olhar.

São pequenos gestos que fazem lembrar um Pequeno Príncipe, que muitas vezes é símbolo de grandes amizades. Tão bom, tão agradável ter amigos grandes. Cultivar, nutrir os laços de afeto entre seres humanos é nossa maior necessidade.

A simplicidade descrita pelo jornalista, piloto e escritor Antoine de Saint-Exupéry, move mentes e almas de todas as idades e em todos os tempos, sem esquecer que provoca profundas reflexões. Por meio desta leitura, há um convite de viajar no tempo, na época de criança e com isso, não deixar de tocar o coração com os pequenos e singelos gestos do cotidiano.

O que é essencial? O que é cativar? O que é cuidar da rosa? Por que o carneiro come as rosas? Para que servem os rituais? O que é dialogar com a raposa? O que significa ser responsável? Palavras simples e complexas que nos fazem pensar...

O Pequeno Príncipe nos questiona, mas bem mais que isso, ensina a amar e a cultivar o essencial, que é “invisível aos olhos”. E aí, convido você para viajar comigo pela África, encontrar um baobá, uma estrela, uma rosa, alguns trigos, o carneiro...
“Então será maravilhoso quando tiveres me cativado”.